Fui a duas feiras de design em São Paulo neste início de março. Os dois shows apresentam casting de ótimo nível. Mas para quem? Os negócios devem começar a acontecer como parte desses eventos. Eles, na verdade, não deveriam ser somente exposições de design, mas principalmente canais para distribuir toda a produção que é apresentada.
Hoje a gente nota os desenvolvimentos e expansões do objeto de design brasileiro, e que há uma mudança acontecendo no conceito do ponto de venda para atender e oferecer este objeto. Podemos perceber também que existe um espaço para a recepção dessa cultura das contemporaneidades.
As feiras de design contribuem para o desenvolvimento e divulgação do objeto de design brasileiro, com certeza. As editoras circulam, há muitos contatos entre fornecedores, e trocas de informações de vários níveis acontecem. Mas essa função é efeito, e não deveria ser tudo. Acredito que a natureza desses eventos é fazer a mediação entre os dois pólos: o designer/produtor e o lojista/comerciante. Quando o encontro entre eles acontece o negócio-feira cumpre a sua missão. E somente assim, pois é o fundamento.
Parece estar existindo um descompasso entre essas duas polaridades, com uma presença bem maior - qualitativa e quantitativamente - do expositor, cabendo aos promotores dos negócios a equalização dinâmica entre eles. E esta afinação deve ser feita sempre, pois é mesmo dinâmica.
Há muito trabalho pela frente, e é empolgante: pesquisa e prospecção de mercados afins com os expositores, composição de equipes para discussão e para ações em campo. O quê mais é necessário?
O salto precisa vir agora.
SP-08 Março 2009
domingo, 15 de março de 2009
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